sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Períodos e paradoxos - 5

Como se não bastassem todas as outras atrocidades, o homem forçou a "comédia" aos meios de expressão. Quão mais popular se torna o gênero, não só mais o homem encontra dificuldade em aceitar algo em que não veja "graça", ele perde a percepção do verdadeiro humor nas relações espontâneas.

Períodos e paradoxos - 4

Preservação da própria liberdade é o instinto mais perigoso em um homem. Ao perceber uma ameaça à individualidade o homem luta, junta aos semelhantes e concentra-se em sua proteção.
Liberdade como algema foi a idéia mais brilhante da Modernidade. Fechar a sociedade Pós-moderna em uma prisão de liberdade criou um paradoxo que só se quebra abraçando a contradição como verdade absoluta dentro de seus próprios termos.
Mas que ser egoísta, em toda sua percepção, ousaria arrancar seus semelhantes de uma ilusão confortável?

Períodos e paradoxos - 3

Percepção é entendimento e entendimento é percepção, um existe no outro assim como desaparece sem ele. Não se pode comentar um sem trazer também o outro.
Talvez seja este o paradoxo mais cruel da pós-modernidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Períodos e paradoxos - 2

O que fazer quando acordar e só encontrar uma sociedade pós moderna pro café da manhã?
Vestir o casaco e sair de casa com fome, sem esquecer o bloco de notas.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Períodos e paradoxos - 1

O impulso à convivência, à relação, não falta em um único homem(como homem, não sexo). Seja aceitação, reafirmação sexual, por companhia ou até mesmo "Admiração", o homem é impulsionado a se relacionar, a unir-se à Sociedade. Constrói(como já dito) uma máscara especial pra cada um dos sujeitos. Essas máscaras não são propriedade do desenvolvedor e estão submetidas ao molde do que as carrega. Sendo assim, no último dos casos, quando o ouvinte quebra a máscara do Palestrante e expõe a sua própria humanidade e singularidade, vem a pergunta "E o que EU sou e é?".

sábado, 3 de outubro de 2009

Temporal

Ver mais um minuto passar tão indiferente à carne, insistente em não ser mais
não estático e imútável, todo sempre infinito, com um fim e nenhuma vontade

por um minuto têm-se algo pra adimirar

Fora isso espero que

Como o alvo não prevê mas, muito antes do contato inicial, qualquer observador parcialmente desavisado e mais que percebido arriscaria, no auge de sua loucura, o menino é assombrado pelo reflexo de seu próprio contexto. Mas não é como se ele tivesse escolhido esse/a, o que também não significa que ele tenha escolhido outro/a. E se a escolha é como a névoa matutina fria de primavera gritando que o inverno chega logo, a questão é: quantos ciclos têm-se ou pode-se aguentar?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Void

Olhei pra dentro e vi o quão nada
tudo é
só ser
dentro e pra dentro
zigue-zague e pra sempre
enquanto respirar e aspirar
o que você não deveria entender.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Três razões pra amar Deutschland:

1- Criminalidade 0.
2- 3 g/c (gostosas por cara).
3- A melhor cerveja do mundo a preço de banana (ou até mais barata).




Mas eu também gosto do Brasil, hahaha

Literatur

Ich habe Tau
Ich habe Tau zu geben
Wann mochtest du Tau haben
du musst antworten
Was sollst du mit Tau machen?

Aquilo que devia merecer ser visto - parte 2

http://picasaweb.google.com/Akusa8D/Pangeia?authkey=Gv1sRgCMye4oTZwcmtxQE&feat=directlink

[problema com a visualização do álbum resolvido]

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sussurros pro espelho

Águas passadas deixam tudo que foi
dão mais uma chance à desgraça do que ainda não é
tudo que nunca foi
uma chance pra ser e esquecer

Se é pra cair, que desabe logo o céu
pode descer a chuva ácida até o moinho tombar estéril
ele que as move desesperado
"volta logo pro teu lugar
não deixa secar o barro e matar de fome
tudo que deixei passar"

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Carcaça que anda

Do que de nós foi tirado pela mão mais hostil
tudo que jorrou e tudo que vimos jorrar
não sobra lixo que mereça ser visto.

Disso podemos fazer algo por termos o suficiente
e por nossos bolsos -assim como nós e nossas cabeças- estarem cheios de nada.

estarem

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mandamentos

Na escola me ensinaram a usar o parágrafo para separar duas idéias, a vírgula quando bem pensasse necessário, que o acento não faz sentido e a fazer sexo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fragmentos de observação [contínuo]

Quando Mie percebeu, sentava confortavelmente e, à sua frente, encontrava razoavelmente grande mesa retangular de vidro fosco. Sobre a mesa percebeu vários objetos interessantes que pareciam dignos de importância. Precisamente, uma pilha de papéis amarelados, duas canetas pretas cuja tinta seria provavelmente azul, uma pasta de capa bege que deveria ser um álbum de fotografias ou uma coleção de selos, um livreto com uma cruz dourada na capa, um copo de vidro com agua até a metade, um recipiente de madeira envernizada com vários lápis afiados e sem sinal de uso, um pequeno troféu prateado em forma de estrela com nenhuma identificação clara e uma miniatura de plástico em forma de menino sorridente com cabelo encaracolado. "São mesmo cabelos de anjo, não acha?", disse voz de mulher que aparentava trinta-e-cinco anos mas não podia ter menos que quarenta. Ao lado da mulher, também em pé com postura impecável, um homem que aparentava ser quinze ou vinte anos mais velho observava. Os dois pareciam felizes por terem atraído a atenção de Mie que, por rapidamente perder o interesse em análises literárias, já desviava os olhos do canto da sala pequena e sem janelas onde se encontravam e via, logo à sua frente, porta grande de ferro com fechadura que parecia absurdamente forte. Voltou-se então para a mesa e, por pura e obviamente infantil curiosidade, resolveu abrir o livro-com-a-cruz-dourada-na-capa. Estendeu a mão mas, antes que pudesse tocar o livro, a mulher havia lhe forçado a receber uma das canetas pretas, pego um dos papéis amarelados e colocado-o à sua frente, apontado para uma das linhas e dito "assine aqui, por favor". Assinou e, desta vez mais veloz, tentou agarrar o livro com a mão vazia. A mulher foi ainda mais rápida, entregou-lhe a outra caneta e disse que "não ficou boa. Tente denovo com a outra mão. Muitas pessoas passam pelo mesmo tipo de problema até aprenderem a escrever como devem". Sem escolha, repetiu a assinatura sem perceber sinal de diferença (não provocando mudança qualquer na outra que, precavida, não tirava os olhos do livro), largou as duas canetas-de-tinta-azul e tentou mais uma vez, tendo por obstáculo um tapa insano nas mãos que, ao invés de detê-lo, incentivou tanta indginação que, por impulso doentio, agarrou a capa preta e atirou tudo ao chão, desmanchando como areia seca. O movimento provocou animal fúria em seus observadores que, antes de qualquer reflexão, começaram a lançar insultos agressivos de entendimento impossível entre si. Começaram então um ritual animalesco que durou mais tempo do que se ousa contar, levando Mie a atravessar a mesa com sede-e-desespero e tentar derrubar a porta de ferro com um único golpe. Assim caiu a porta, mais falsa do que poderia prever e mais leve que imaginar.

A Viajem

Dia quinze de Agosto (em três dias) subo em um avião com destino a Frankfurt, com volta prevista pra não menos que um ano.
Dia quinze de Agosto de 1969(40 anos passados), começou o festival de Woodstock.
Coincidência bizarra ou sinal psicodélico?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Privilégio o meu ovo

Eterno-entende-agora

Abre

Psychofuck Generation

Camisa de força e marijuana
hoje eu não sei quem vou encontrar na cama
Madre Tereza abre e deixa eu entrar
tô com uma vontade louca de cagar

Me recomendaram um psiquiatra maldito
Só foram três sessões e tô pedindo pinico
Freud não explica, mas eu quero morrer
Sade diz que eu devo sofrer

Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata

Problemas mentais, modernidade líquida
Parece que no fim tudo fica
Como disse Marx, antes de pensar
Tudo que é sólido se desmancha no bar

Jesus encontrou Hitler no inferno
Jogando uno na mesa de um boteco
Lennin, Stalin e o Fofão
Amigos do peito, baralho na mão

Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata

Deixam pra gente essa merda perdida
Eu não quero mais ganhar a vida
É que eu não vou passar meu futuro
De porta em porta vendendo seguro

O futuro que deixaram não vale nada
- Santo Antonio no vão da escada
Colocando de quatro aquela sua velha tia
Ou você pensava que ela nunca daria?

Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata
Kafka virou uma barata

Buda, Krisha e Pinochet
Morre e renasce pra gente ver
Eu aqui não me importo com mais nada
Mando Deus e o Diabo pruma barca furada

Nietzsche, Judas e Galileu
Gritando "Esse mundo não é meu"
Ninguém vai nos assumir
Eu não fico mais por aqui.

_______________________
Por Duílio Lamas Varella e Tito de Andréa
Bateria por Aldo Machado

domingo, 2 de agosto de 2009

Socixtir

Vida por vida em um momento de alegria
simplesmente se faria
segurando a arma e que se escolha o brinquedo
-a rima é sua pra comandar
a rima é sua pra temer
a rima é o seu medo
a rima é-
fazendo-se de pó em escola e de mata em fonte
-verde- tempo
de ser só ser só
só ser.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Grito nº 1

Em céu vermelho nasce o primogênito
'vida longa ao sangue real!'
filho de pai estéril e mãe dissimulada
o bastardo de opção.

Grandes façanhas, espera o povo
um fim aos tempo de morte
-paz eterna e felicidade em indiscutível conforto.

Por triste azar pronuncia o sábio após reunião com o conselho
como por costume sempre se fez
palavras ásperas como sempre são
"quinze anos de trevas e mais cinco de puro azul
só então fará claro o destino
por opção da minoria sem direito a muito pensar
o filho dos grandes mostrará o caminho
pelo qual passarão os herdeiros
solitários restos dos tempos de sangue"

E o povo escutou com orelhas em pé
a sentença do impiedoso juiz
que lhes tirava toda e qualquer esperança
e trazia apenas o mais puro pânico.

Mas, ainda assim, nada foi feito.

domingo, 26 de julho de 2009

Berserker

No bico da espada encontro sangue e nostalgia
pois nem 1000 anos de servidão me libertarão
nem 900 mortes serão o bastante
enquanto em minha mão houver a marca do guerreiro
assassino sanguinário de túnica azul
que usa honra como máscara e vergonha na greva
com peito frio de ferro e olho certeiro felino

De meus caminhos só sobram as memórias
infelizes dos que por sorte agora vagam como mendigos
catando as migalhas que os pombos deixam cair
e tomando banho na mesma lama onde nasceram
enquanto na pedra lhes recitarem o caminho
e do céu lhes lançarem o castigo

Em noite sou lobo e em dia sou fênix
não durmo e só como o que me pagam
meu pão e meu vinho são mais que sanctus
o legado que deixo escancara os céus e faz neles chover fogo

Berserker, gritam os anjos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hey ma'am

Hey ma'am, open the door
it's just another dose
won't hurt to make me happy
Too late, i know
but not enough, anyway
i just need a little more
then i can go home and rest

Hey ma'am, open the door
it's the last time i ask
don't i deserve to forget?
just gimme another shot
so i can rest in peace
and knock here no more

I wanna stop but they won't let
just sleep and be not remembered
never hold on to a fire again
But they just wanna see blood
and, unfortunately, not my turn
I keep watching with eyes closed
they turning arms into wings

I keep helping with my hands bleeding
they turn bullets into hearts
and there's no regret
in they're eyes

[solo]

So hey ma'am, won't you do that for me?
I'm just a man that wait and see
heads turning and falling so easily
for there's no real honor in being
and nothing more to see around here

Hey ma'am, won't you stop staring from the window?

Mutilação

Menino de fogo abre as asas pra esquecer
chora todos os gritos e grita tudo que fez
confessa e não perdoa, não seja amado por isso
mostra que não ama por calor e não voa porque já viu tudo
explica porque continua queimando e sumindo aos poucos
e dá um motivo à dor e à opção roubada
ilumina, menino.

domingo, 12 de julho de 2009

Guilty Flash

Like a paperplain that goes through the classroom without teacher's atention
just keep on throwing, keep on blowing, keep on going again
cause you never saw this, never tasted that, never had a chance
all at once in a single lone shot with eyes closed, you want it
yes, you want it
and now you know that
all over gain.

So you meet it, then you taste it, then you love it, then it's yours
and when there's just everything in order it goes away
keep the memory and then meet other
so you fuck it, then you burn it
and it breaks even in the last chance.
You got it all over again.

Now the show is over and you have to go
not your turn anymore.
How should you feel?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Réquiem

Se dorme e não sente mais frio fala comigo
arranca minha angústia e leva junto
leva que não quero e, se precisar, nego três vezes
e faço disso a base da tua capela.

Dorme em paz e não volta
pois o mal que me fez já não pode desfazer
por mais que eu não tenha rejeitado.

Não sei quando o manto escuro te levou
pois tudo que eu vejo é ele, pai,
socorre teu bastardo,
faz dele forte,
faz dele uma pedra,
não deixe pra tráz mas também não carregue,
me prove que ainda não fui
e se fui me castigue
pois a ira diminui e a pele fica mais áspera.

Não,
não me tira a escolha logo quando devo,
me deixa respirar, sai do meu peito
sai de uma vez só e arrasta toda a fumaça
sai e entra no dela, ela merece
pois ela não foi apedrejada e eu fui
eu não sou digno nem da indignidade de esquecer
eu sou uma pedra.

Não,
não me deixe sosinho quando vou embora,
não me deixe sofrer com minhas próprias escolhas,
não me deixe.
Não.

Coração em Dois

Libertação do peito é quebra e queima,
luz cegante que faz de dor asa e voa sem destino
em meio ao nada, escuro, verde e mais azul,
embora sobreponha e confirme-se vermelho que mais pode ver como cada momento escarlate de sangue e grito oco
sem boca e sem ar
coexistindo com palha de fogo, imagem de um momento só, corda de forca e fuga
queima até o resto.

E eu quero mais corpo, mais fonte de energia não renovável, mais vermelho, mais vôo, mais nada e menos ar
pois por todos os miseráveis atos randômicos aos quais fomos condenados recebemos nada além de em cada dia vermos terminar um mundo como o conhecemos
e apenas dormir com a pesada consciência
e apenas acordar com a tranquilidade de esquecer todos os sonhos e começar denovo.

Por isso digo que somos uma existência brilhante quando se fala sobre inexistir
e não nascerá deus forte o bastante pra nos derrubar.

Assim grito que, por mais que sejamos todos apartados por algum motivo aleatório,
estas letras e nós ainda seremos
enquanto houver memória.

domingo, 5 de julho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Memorial

Hoje resolvi que apagaria as fotos da memória do meu celular.
O pobre coitado já não se aguenta mais. Um dos bugs mais recentes é o sinal ficar sumindo com uma frequência irritante, sem motivo que eu possa observar.
Quando entrei no menu de opções das fotos, observei as primeiras e tive uma pontada de nostalgia. Me impressionou como tantas imagens aparentemente vazias podiam significar tanto, trazer várias memórias que há muito estavam encaixotadas em um cantinho escuro que ninguém olha. Cada foto mostra um instante que lembra um momento que se liga a vários acontecimentos que formam uma história.
Se o senil V3 caísse em uma poça de barro, em uma privada, em uma piscina, da janela do quarto andar de um prédio, da varanda da Sofia, na rua quando abrisse a porta do carro, em um copo cheio de bebida ou até mesmo na fogueira de um luau, provavelmente demoraria muito para que alguma daquelas cenas viesse me cutucar. Havia até a possibilidade de que alguns daqueles momentos nunca mais fossem lembrados.
Interessante como memórias são frágeis se não salvas de algum modo. Algo que não aparece na memória de alguém e não deixou algum outro tipo de marca na sociedade de convivência é inexistente.
Cruel, arrisco opinar. São tantas lembranças doces, acontecimentos importantes, fortes emoções... Tudo à mercê da memória social.
Por estes sentimentos, não consegui apagar as imagens.
De qualquer forma, tenho de me desfazer do celular. Falta menos de um mês para que eu embarque em um aconchegante avião de viajens internacionais da TAM e, após algumas horas de filmes e jogos no meu PSP, saia para um ano na alemanha.
Pensando assim, resolvi registrar as fotos que julgo mais relevantes aqui.
Foto 1ª:
06/08/08
Um boneco-mosaico feito pela minha irmã mais nova com pedras da beirada da pista de corrida da UFES. Me lembra minha época de atleta, quando eu treinava atletismo e fazia exercícios livres todos os dias com meu treinador Antonio como supervisor.
Foto 2ª:
23/08/08
Uma foto da multidão de candidatos na porta da EPCAR [Escola Preparatória de Cadetes do AR], em Barbacena-MG. Me lembra a época em que eu pensava em seguir carreira militar. Nesta mesma viajem decidi que não era com aquilo que eu seria feliz. Passou perto, mas decidi em tempo.
Foto 3ª:
05/09/08
Nina tocando violão no sofá azul e fofão de seu apartamento bacana na Praia do Canto, sentada no colo de Sofia e Guilherme.
Carla é o nome do violão.
Saudades da nina.
Isso tudo foi pouquíssimo tempo depois de que conheci as pessoas que vieram a se tornar um dos grupos mais importantes da minha vida.
Foto 4ª:
05/09/08
Tirada alguns segundos depois da 3ª, essa mostra Leandra sentada no chão enquanto observa, com os olinhos brilhando, Nina tocar.
Foto 5ª:
08/09/08
Guilherme e Nina no banco da Pastelaria.
Nina acaba de derramar chocolate quente e se lambuzar toda, típico.
Guilherme para de tocar violão pra rir e fazer alguma observação sarcástica, típico.
Naquele dia consumimos um chocolate quente do Café do Canto (foi consumida uma parte, a maior parcela foi pra perna da Nina) e um suco de manga da Pastelaria. Hahaha.
Foto 6ª:
08/09/08
Problema do chocolate quente resolvido, todos cantando enquanto Guilherme toca. Yay! Hahaha.
Foto 7ª:
08/09/08
Indo embora, Leandra com cinco sachês de Ketchup que ela pegou. Hahaha.
Foto 8ª:
14/09/08
Vitória vista do topo do Mestre Álvaro. Minha prova final de esforço físico com Treinador Antonio.
Foto 9ª:
27/09/08
A caneca de vaquinha do Café Bamboo. A única vez que tive grana pra tomar uma mocha branca tripla!
Foto 10ª:
17/10/08
A praça do teatro da FAAP, em São Paulo, no dia em que fui assistir Hamlet (representado por Wagner Moura).
Naquela viajem fui a duas peças por dia. Foi massa. Hahaha.
Foto 11ª:
31/10/08
Lívia tocando violão no chão da sala de seu apartamento no Ed. Arthur Gabriel.
Nesse dia eu e Pedro fomos lá 11:30pm pra escutá-la tocar piano. Ela tocou um pouco pra gente e, depois, ficamos tocando violão e batendo papo até tardão. Eu amo essa menina, hahaha.
Foto 12ª:
31/10/08
Lívia dando um sorrizo.
Foto 13ª:
01/11/08
Jude no Café Bamboo, exibindo um dos quebra cabeças como um troféu. Ela ficou realmente feliz de ter conseguido montar. Hahaha.
A convidei pra ir comigo a uma festa a fantasia no mesmo dia. Ela foi e me deu um fora. Hahaha, toco.
Sempre que penso em Toco lembro da época em que eu jogava basquete, muito divertido.
Foto 14ª:
03/11/08
Joana sentada apoiada na parede de seu quarto, eu costumava ir muito lá.
Foto 15ª:
09/11/08
Galerão assistindo filme na minha casa. Foi divertido. Caiu um temporal horrível e ficamos à luz de velas por horas.
Foto 16ª:
10/11/08
Olho tema do sarau de poesia do Primeiro Mundo. Foi péssimo. Ri muito.
Foto 17ª:
16/11/08
Uma foto da placa da Avenida Hugo Musso, em vila velha. Tenho um amigo que tem um irmão com o mesmo nome.
Foto 18ª:
24/11/08
Monkey com um guardachuva de velório aberto no meio da aula do Pré-Cefetes. Bons tempos.
Foto 19ª:
26/11/08
Rodrigo, um garçon que durou pouco no Café Bamboo, com uma pilha de sete caixas vazias de Tic Tac sabor laranja.
Foto 20ª:
29/11/08
Meu recorde em caixas vazias de Tic Tacs sabor laranja empilhadas. Dezesseis.
Foto 21ª:
03/12/08
Botti (ainda com cabelo) usando a foto da boca desgraçada do maço de cigarros em frente à sua. Muito massa!
Foto 22ª:
20/02/09
Gutierrez dormindo e babando o travesseiro enquanto iamos pra corumbau. Hahaha.
Foto 23ª:
01/05/09
A de Anarquia feito com palitos de fósforo usados, em uma mesa do Cochicho.
Foto 24ª:
12/05/09
Alberto's cow.
O menino colocou "Milk the chiken" em um exercício e, depois, desenhou uma vaca colocando ovos. Tive que registrar isso!
Trabalhar no NASH foi muito demais.
Foto 25ª:
23/05/09
Show da banda The Singles na festa da Santa Rita. Foi muito bom.
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E acabaram minhas memórias. Entende?
.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Redenção

Que me faça aos pedaços e polvilhe à areia
me cerre o peito e arranque a alma
amarre os pés e costure a boca
pois mesmo os olhos não alcança:
aprenderam eles a gritar.

Mayonaise

Incrível como entendem errado quando colocamos à mostra a memória mais doce.
  • O entendimento não costuma causar-me falta de sono.
Os relatos me decepcionaram.

Apagados.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Fruto Proibido

-A árvore bebeu meu sangue até secar e cair.
-O fruto tinha gosto de fogo e o galho caiu em meus ombros.

Agora já não tenho areia
não tenho braço, não tenho língua
não me sobra dúvida e a sombra acabou
fico pra apodrecer no sol, sem sede e faminto.

Não me vou com tão pouco
me negam céu, inferno e purgatório
o castigo é absoluto e o julgamento comprado.

"Pai, por que negas tua mão?
Me rejeitas por comer teu fruto?"
"Comeste a si mesmo e não me podes aceitar.
Fica aí onde és passagem, preso às pegadas por não bastar a ti o eterno."

-Meus olhos arrancaram e meu sangue jorra pelos vazios.

Minha carne os abutres rejeitam,
aceitam a do sacrifício
eternos fieis ao pão e à sede.

Amolam as facas os açogueiros
vendem meus rins como picanha
meu estômago como rabo e intestino como diamante
e assim satisfazem meus companheiros
barriga cheia não abre a boca enquanto redutor de apetite amacia a língua.

Passa o tempo e em mentira talham minha sepultura
"Em vida, poeta e sonhador. Sua marca no mundo por nós não será esquecida.
Agora descansa debaixo da terra.
Que nosso senhor tenha piedade de sua alma."

Pra minha cova é que não volto
prefiro rastejar eternamente em chão frio por cortarem minhas pernas
-Insistem em me deixar deitado.
e minha condição é essa, esconderam-me a escolha.

Como então com os vermes até que me abraçem e me tornem um deles
então vem a vingança
Então resto, é silêncio.

Temporal

O homem faz a era e a era fez o homem
também fez dúvida e também fez vida
dizem sobre isso os antigos
que música é poesia
mas a poesia é estúpida e a música oca.

Repetência

Um velho labirinto é tudo que me sobra
de caminho marcado e outro vazio

Fico então no escuro
me atrais mais que o eterno circular

Encontro então pegadas antigas
e me pergunto se será diferente o final

Percebo tarde a semelhança
e penso se são mesmo de outros

Não, não podem ser
é só vicio em dupla pisada e uma vista exausta.

O mar e o bandido

Pescadores amadores adoram seus senhores
contando estórias de sereias e arpões
com garrafas de rum e as redes cheias:
A festa vai até queimar o horizonte.

Adaga na bainha, presa ao cinto
tratado de paz entre os amigos
sobrando o medo de infames piratas
violadores de donzelas e ladrões de riquezas
que, por sua vez, camuflam na multidão
com tantas cicatrizes quanto monstros no mar.

E continuam os malditos
matando e estorquindo com recitais roubados
de viajens e pesqueiros épicos
epitáfios de velhos homens do mar.

domingo, 31 de maio de 2009

Eu e mais alguém

É tão terno assim?
Te joga no abismo e só observa
cair, cair, cair.

É tão eterno assim?
Na mesma velocidade que vem, vai e não volta mais
só fica a cicatriz.

Mas são nessas míseras afirmações
duvidáveis que encontramos
algo com uma raspa de esperança
uma verdade como qualquer outra
só mais um motivo pra continuar passando
adiante mais um canivete cego
pra servir o próximo usuário
ou não.

domingo, 24 de maio de 2009

Paranoia Agent

Aos poucos você vai morrendo menos.
Não morre mais no final, nos vazios, onde falta algo, nas decepções, nos Boa Noite, nas desilusões, nos eu-te-amo, nos sermões, em tudo que deixou passar, nas últimas chances, em cada mau começo, no último píxel da TV desligada, nos Carpe diem, nos velórios e nos pedaços de Queijo Gouda desperdiçados em um maldito misto-quente-com-presunto quando tudo que você queria era comê-los com um copo de vinho doce que insistem em chamar por Suco-de-Uva. Não é como se não tivesse importância, duh (que já é quase, quase uma onomatopéia), você simplesmente vai morrendo menos.
Bom, é realmente aceitável, considerando que, desde antes de você entender uma palavra, já ficam te condicionando a aceitar que se morre uma vez e que disso ninguém corre. Asneiras. A morte anda junto com a cegueira, ou é uma ou outra, não poderia ser mais fácil escapar disso. Tudo é questão de aceitação!
Desperdiçam esse mundo simples, dado de mão beijada em bandeija de prata benzida pra espantar coisa ruim, os tolos e fracos de percepção básica. Até destruir tentam, com abstrações ou ilusões. Tudo dá no mesmo Esc.
Santo egoísmo de nós reles semimortais, roubando tudo pra cada um, dividindo com ninguém. Não fosse por alguns mais desavantajados, que se jogam no meio pra conectar alguma coisa, ainda estaríamos vagando pelas selvas brigando por um graveto flamejante (sem querer tirar o crédito dos edonistas ou da atual cunjuntura), a ponto de destruir até mesmo o Esc, que nada tinha que ver com isso.
Ainda assim procuramos torrar o nosso pouco todo infinito tempo do mundo com qualquer algo que nos convenha, pra não morrer de tédio. Um ou outro morre de tédio, alguns acabam por morrer ainda mais. Aí é que está o Gouda da questão.
Há certas vezes em que o discernimento falha, sem culpa alguma, e uma coisa é outra. E é aí que nos matamos, aos pouquinhos, cada pouquinho com sua mísera vez.
Vivem dizendo uns aos outros que têm algo com a morte. Responder que sim não seria hipocrisia, por mais que por pouco possa ser considerado eresia, algo que nos cerca não necessariamente nos atinje direta e indiretamente. Baboseira é o que não falta nesse fim, de novo.
Hoje durmo de ponta-cabeça, pra ver se amanhã me volta o juízo. Sempre tive umas inclinações ao masoquismo. Nada posso fazer contra isso. Infalível. A visão do outro lado de minha cama sempre me pareceu mais atraente, mesmo.

sábado, 23 de maio de 2009

Sujeira, estética e estática

Entre lentes e espelhos encontro meu nicho
-um pequeno espacinho só meu
todo ocupado por pleonasmo
e uma vibração de grito
ou seria sussurro
ecoando entre as quatro paredes

Desacredito: não sabe teto ou chão
contente com pão de água e vinho em pó
que mais poderia querer
não sei - se fujo ou se corro
só aqui não me permito muito mais
só por aqui.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Infindáveis

-Vê o outro lado?
-Não.
-Olhe com mais profundidade, então.
-A profundidade acaba quando chega ao outro lado. Não adianta ficar se esforçando nesse ponto... o mais interessante é uma observação mais rasa, plana...
-Não calam as bocas? Nem um de vocês está observando. Apenas me interrompem com essas observações sem base, sem tronco. Ajudariam muito mais com o silêncio.
-És jovem. Atenta ao que dizem-lhe os mais experientes.
-Informação o tempo traz, meu caro.
-Não sei de onde esse tempo tira tanto. Dá, dá e nunca termina.
-O que nunca tem fim é a tagarelice sem rumo de vocês.
-Enquanto não conseguirmos uma observação além não poderemos seguir. Não temos direção.
-Por que ainda não conseguiu ver, meu jovem?
-Por que é um espelho.
-Agora vamos rápido, o tempo é curto.

Andares

Sentado na janela de meu escritório olho o mundo de fora
trabalho em tempo integral não me deixa respirar
e os lá de fora tão livres e desorganizados
felizes formigas daqui de cima

domingo, 17 de maio de 2009

Devo a ninguém e pago quando puder

Não adiantam cobradores
que me admitem mais um ano ou noventa
e na fraqueza de seu ofício continuam a vir
mas nada vêem quando lhes passo mais um pré-datado
adiando assim a sentença para um dia mais à tarde
enquanto continuo desfrutando os livres prazeres
de um sem-fundo que dei logo de início

Mas a culpa não lhes é merecida
só esperam que a honra seja dada a alguém que não eles
e assim como eu continuem despercebidos
assim como eu
mesmo assim um pouco diferentes
não acham?

sábado, 16 de maio de 2009

Aidimim

"Papai! Papai!", gritava o menino ao pai, que lia o jornal como se nada mais no mundo fosse tão importante quanto as impressas letrinhas pretas no papel cinza-barato-reciclável.
"Papai!"
"Fala menino, fala rápido que agora não tenho paciência. Se não ler o jornal não sei o que está acontecendo."
"Uai, é só olhar pela janela que você descobre o que está acontecendo, Papai. Não precisa ficar lendo isso por tanto tempo todo santo dia."
"Você não entende, menino. Todos lêem o jornal. Se eu não ler, fico desatualizado."
"Por que não lê mais tarde? Por que logo quando eu ainda não fui pra escola?"
"Tem que ser agora. Mais tarde a notícia deixa de ser fresca."
"Por que vocês simplesmente não falam sobre outra coisa?"
"... o que é que você queria mesmo, menino?"
"Ah, eu desisto. Vou pro parquinho brincar com os vizinhos."
"Você só faz isso mesmo, hein."
"Não tem nada melhor pra fazer."
"Por que não lê o jornal?"
"Ah, pai, você não escutou o que eu disse?"
"Você disse um monte de bobagem, e não está me deixando ler."
"Você não entende..."
E não entende mesmo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mantikhoras

Minha luva pesa
presa por um elo indivísivel
a terra suga
por raízes
pra baixo
em sentido ao CENTRO.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Revolução

Exijo agora a diferença
entre I e l

Imbatível

Em um lugar diferente
com um novo regente
em meio a tão gasta gente
e um loureiro insolente
mais parece crescente
mas é mesmo indulgente
tão ingênuo-indiferente
o amigo do povo
revivendo denovo
velha casca de ovo
com espalda de fogo
na malícia da prece
descontente padece
mas isso não apetece
mais que isso merece
volta outro bundão
usando giriojargão
mais um grande gastão
raspa barba do não
limpa baba no chão
apessoado rapagão
e a peito de ferro
minha mira -não erro-
o maldito enterro
'pode voltar que tem mas
escroto de satanás'
que sorrindo aliás
cara boa não faz
volta logo assim
apontando pra mim
'agora é tua vez
pagarás pelo que fez
assim nenhum de vocês
volte a ser descortês
ou vira freguês
do eterno enjôo
assim o amaldiçoo
vai-te embora e não regressa
vai agora com pressa
tua sentença é essa'
e vou eu cambaleante
um eterno amante
pra nunca mais relevante
ousar algo gritar.

Roubaralmar

Eu tenho uma alma de fogo
não dá pra me desalmar
O frio de tuas mãos | eu vi | pra roubar

O mundo esfria de novo
me trata até como estorvo
e não me basto pra amar

Com esse olhar de vidente
-não tenho dados pra jogar-
parece até que sou crente

E quando eu for te buscar
usando um novo jargão
devolverei teu coração

Sonho deserdeiro

Sonhei com uma estrada de tráfico intenso
~
do outro lado
~
uma menininha aflita por perceber que não é capaz de atravessar
~
me joga na nostalgia de alguém
~
que vira o mesmo sorrizo de atravessar encarando
~
em rua escaldante com cerca e areia deserteira invadindo
~
sem plantas, sem céu
~
só sorrizo-nostalgia-deserto-estrada
~
de uma imagem dividida
~
pregada com grampo forte mais à frente do que deveria.

Autoria

Se ensinei meu cachorro a usar o jornal
-não saio me cagando por esquinas-
adubo só no meu jardim.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Doença

Sangrar por olhos, bocas e ouvidos
derrama ao chão
poças espaçadas de vermelho e vômito
ácidas como nem o capeta se atreve a beber.

Intruso

Esculpir em mesas tudo que bate à porta
com sede, frio e fome
acaba por terminar em sangue e risos
tudo o que no bar foi construído.
Então
por que não mais uma dose?

Mãe

O que sai do ventre não volta mais
cai no chão coberto de sangue
chora vivo pela pancada que não espera
e morre


cordão umbilical rasgado que não quer voltar.

Ácido

Versos escarrados não deixam viva pobre alma
corroem tudo com abismal ardor soprando forte
matam tudo que nasce-vive-respira-morre
e nada sobra pra contar a estória.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pincel e Tela

Encontram um único e só aspecto interessante...
aqui?...
Aqui?
Que tal em casais programados?
Que tal em amores rejeitados?
Em... tamanhos avantajados?...
Não, meus caros amigos. Vocês são apenas superficioescarrados...
telespectadores desavisados.
Tem uma sorte absurda...
vocês nem imaginam!
Não são uma história de amor
ou de sucesso
ou de arte...
não são herdeiros de um trono que não desejam.
Vocês conseguem ver?!
A idade das trevas é agora!
Ela ainda está aqui!
Mais que escuro é o silêncio!
Silêncio!
Me escutem que agora é a única chance!
Não importa o quão importante é, o quanto nos esforçamos por...
não importa todo o trabalho, a sincronia...
Nossa dança do renascimento
nunca terá um fim.
Não nessa prisão de tinta.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cruzes

Não vejo diferença
entre dias santos e de luto
por reis e assassinos,
entrem padres e pastores
por rezar, a missa e a comunhão
sengue derramado de nosso pai.

Sódedo

Não vale a pena mas vale a tinta
me basta escrever com os dedos
os que tenho e os que roubei.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pai

Sangue por sangue não se basta,
não satisfaz o atroz eu
em um buraco-de-cobras escuro
e si-lên-cios-o.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Apoio em Vento

Por onde começamos?
Por sons de rabiscos
Por fazer caminhos
De quem mal sabe andar
Linhas incertas de alguém-mais-eu

Ah, silêncio, como é grande o medo
de inspirar abismos, me perder no brilho
de quem seduz por não poder amar

Abafa grito, engole luz
Mais que silêncio é o escuro,
não sobra sombra que venha relatar em prantos
distorce o chão e torce a mente-eternamente-
sem mais, nem menos nem nada
(só essa dança cansada)

Ferimos carne-e-coração
Procurando espinhos em que pisar
Dessa pequena morte de nossos dias
acaba paz e, sei lá, nasce vida
nasce essa terna ilusão de que não somos homens,
somos chão.

E, enfim, assassinos do pai
E, mais uma vez, ao lado um desenho
dois, três...
rejeitados.
Tão cruéis nesse terno escuro-silêncio
nasce-mata-morre-cria
nada sobra.
Nem menos, nem nada.
Nem os rabiscos que a noite prometia
Imagens mórbidas de tudo-que-cuspi
não devem ser levadas a sério
Não enquanto mais ou menos nada
Não eterno
Não eu
Não

Não
Não eu
Não eterno
Não enquanto mais ou menos nada
não devem ser levadas a sério
Imagens mórbidas de tudo-que-cuspi
Nem os rabiscos que a noite prometia
Nem menos, nem nada.
nada sobra.
nasce-mata-morre-cria
Tão cruéis nesse terno escuro-silêncio
rejeitados.
dois, três...
E, mais uma vez, ao lado um desenho
E, enfim, assassinos do pai

somos chão.
nasce essa terna ilusão de que não somos homens,
acaba paz e, sei lá, nasce vida
Dessa pequena morte de nossos dias
Procurando espinhos em que pisar
Ferimos carne-e-coração

(só essa dança cansada)
sem mais, nem menos nem nada
distorce o chão e torce a mente-eternamente-
não sobra sombra que venha relatar em prantos
Mais que silêncio é o escuro,
Abafa grito, engole luz

de quem seduz por não poder amar
de inspirar abismos, me perder no brilho
Ah, silêncio, como é grande o medo

Linhas incertas de alguém-mais-eu
Por sons de rabiscos
Por fazer caminhos
De quem mal sabe andar
Por onde começamos?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eternizar

Sinto forte o bafo do ceifador
congelando peito e quebrando alma
treme meu pescoço e bate meu coração
e penso então como não entregaria
meu tudo ou nada por um segundo
um eterno e nada mais.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Desejoar de mais

Tudo isso eu quero menos
menor nada que não me mate
e deixe ser mais ou menos contraditório,
olhar ambíguo e morto
de ser humano só e indiferente.

Tudo isso eu quero vivo
tão morto quanto agora
tanto azul que não me queira,
puro-e-terno-e-terno.

Não quero, quero nada
não e mais nada
mais quero só,
só espelho.

Diminuto.

Só.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Perfect as it is

We are all together now
Even if we don't know how
Time has bring we all here
Though we've always been so near

But the same good-mad time
Sent away the sweet old mine
Though our memory remain
We'll never be the same

Kill the stars and burn some wood
We're sure not in a good mood
You can go away and fly
Still we own the same sky

Not the house just fell apart
It made strong our single heart
Perfect is the uncomplete
Making louder the shy beat

Be us now while there's still time
Cause second chance died long ago
Only one is just enough
Just perfect as it is.

Normear

domingo, 12 de abril de 2009

Contraste 0

É o que sobrou do meu menthol.
Ah, o paraíso.

Nada

Faça um terço de tudo isso
que eu te rezo um-pai-nosso-dez-aves-marias-uma-glória
-ao-pai(que já não é mais meu)-e-jaculatória.
Cuidado pra não engravidar que nem nossa santa-mãe-de-graça.

Ambiguo-dent-idade

Seremos nós
assassinos do pai e estupradores da mãe
cadáveres fétidos de vista fraca
olhos azuis e dedos vermelhos
tão híbridos de nada e Nada?

Cacos de espelhos-ao-chão

Um caiu e tentei pegar:
não há monstro que seja tão hábil,
acabei por derrubar outro sem perceber.
Você recolheu ambos com linda e delicada destreza...
derrubei outro só pra ver denovo,
me arrependi e tentei pegar,
mais um caiu.
Por repetidas vezes você coletou.
Que será que pensou?
Será assim e não haverá
não-lugar-onde-coagule
teu sangue da ferida que causei,
minhas flores brancas cheias de espinhos.

Quando à superfície espelhada mostrar
o fundo tão espelhado quanto,
haverá entre tudo um eterno vazio e
em fim
continuaremos derrubando
tudo que inventamos
em um ciclo de eterna vingança
nas dores de essas todas páscoas
cheias de ovos frescos e mal e ditos
semanas profanas cheias de cacos
não vê-em.
Não crê-em.

sábado, 11 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Chove,

A chuva levou tudo.
Nada sobrou.
Caiu e derreteu.
Tudo foi.
As memórias de um tempo que não foi também foram.
Tudo foi.
Caiu e derreteu.
Nada sobrou.
A chuva levou tudo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cão de estimação

Cada nada que dia
diria que nada
há de relatar
o haverá nada para dizer "Ai!
Não toca que morde
arranca pedaço e enterra no jardim
corrente dentada não corre mas dói
e nada encontrará o osso
e nada roerá a unha
e nada"

sábado, 28 de março de 2009

Seberá o Sabiá?

Acha que sabe, sabiá?
Sabe nada?
Sabe achar?
Sabe amor?
Acha que sabe sabiá?
Sabe saber?
Sabe que acha?
Sabe o assobio?
Acha que sabe?
Sabe ar?
Sei que você acha que sabe, sabia?
Sabiá?

Rios e peixes não são feitos de água
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
nada pode fazer algo assim
~~~~~~~~~~~~~
belo-e-sangrento
~~~~~~~~~~~~~~~~~
como uma onda no lago
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
debaixo de um céu de tudo isso
~~~~~~~~~~~~~
mais mar.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Detetive

"O assassino, das duas alguma, ou te mostra o corpo, ou deixa você descobrir onde está. Para chegar ao ator de tal hediondo ato, preciso de uma vítima. Manchas de sangue como essas não se bastam; falta osso, falta pele. A lista de suspeitos que me mostrou é muito extensa e detalhada, mas tenho noção de que poucos dos que estão aqui teriam capacidade para tanto", dizia o investigador para o estagiário que tomava notas. "Para superar tal miserável, preciso de mais experiências. Espero que me ajude nisso, meu caro K., não poderei seguir com o caso sem as preciosas notas que você toma" e olhou para o assistente, que continuava a tomar notas ignorando as interrupções, com admiração. "O que dificulta a investigação é essa sala-de-jantar fria e sem vida que não para de tremer. Ela não te incomoda?"

Mais poeta, vivo e morto

Por tudo que eu quero
e por mais que eu nada
e por tudo que eu cale
e por nada que eu fale
e por eu que mais tudo
e por tudo um segundo
em um mais por que mundo
só não podemos morrer.

domingo, 22 de março de 2009

Vergeblich

~Dia 2~
-Meu irmão, sem noção. Eu tô com uma porra dum cheiro forte nos dedos... você que andava reclamando disso há algum tempo... me diz o que fazer.
-Não tem o que fazer. Pegou o cheiro, já era. Gruda e não sai mais.
-Caralho, como você fez?
-Me acostumei. É isso. Não tem como desfazer.
-Poha, você é um bosta dum conformista mesmo. Vou ligar pra outra, aposto que ela vai me dar um raio de sol *bate o telefone*.
*liga*
Heey! Cara, tô com um problema sério: peguei um cheiro insuportável na ponta dos dedos...
-É só parar de usar que resolve.
-Mas eu não uso nada! Sou usado, isso sim.
-Você realmente se acha importante demais, né? Vai se foder *bate o telefone*
-Eu hein, no que ela anda pensando? *disca*
Tá difícil. Lembra do cheiro que você disse que ia pegar nos meus dedos? Pois é, tá insuportável. Não tem como voltar?
-Moleque... eu te avisei que isso ia acontecer. *desliga*

~Dia 5~
-Não, não, não. Eu já disse que eu não quero fazer isso! Sou viciado. É um vício masoquista e sádico que não é.
-Isso não existe, cara.
-Exatamente! Esse é o grande problema, entendeu?
-Você só pode estar me zoando...*desliga*
-Caralho, me escuta! Eu mereço ser escutado, merda. Não desligue assim... se ninguém me escutar o vício piora... vai continuar até alguém dar alguma atenção. É exatamente isso que ele não quer... quero tirar esse cheiro que não cansa...
________________________________________________________

Que tal a sensação de incompleto?
Espero que tenham detestado.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Investigação

"Meu caro delegado," começou Mie, "admito que os matei. Mas não existem provas! Posso ser condenado por confessar? E se estiver mentindo? Posso ser condenado por mentir? Estão todos mentindo, sobretudo, o tempo todo!", fez uma pausa para respirar, mas a fez pequena demais. "Mesmo que fale nada, por falar nada estarei mentindo. Não sei como esconder algo que não existe. Realmente, há algo assim? Isso não se faria, por si só, surreal?", então, após repetir o mesmo monólogo frio e inumano por incontáveis vezes para o inerte delegado, concluiu: "E isso não passa de uma múltipla mentira surreal... ei! Não!", e o homem que há pouco estava plantado, duro à fronte de Mie, jazia no chão frio da sala-de-jantar. "Fiz denovo. Quando será? meus impulsos assassinos me deixarão alguma compania?", foi até o cadáver duro e salgado e o devorou com calma. "Tenho que cuidar dos monstros de debaixo-de-minha-pele."

quinta-feira, 12 de março de 2009

God Murderer in the Prision of Mud

I must give away
I must fly away
I must tell you what i don't want to say.
Give it up - one way
Speak it up - no way
You must tell tell me why you dont want to stay!

For her heart's own sake
For her hand's own sake
She must tell us when this shell will break
I don't want to see
I won't like to see
Mix your brains in mud and fell waht you're gonna be!

terça-feira, 10 de março de 2009

Correspondência

"Nada poderia ser dito em pior hora. Por que logo agora?!", disse Mie ao ler a primeira carta de sua correspôndencia, ainda em seus pijamas-infantis-esburacados-estampados-de-estrelas. "Mal logo leio e já não creio que alguém em perfeito estado possa ter escrito algo assim, tão superficialmente refletor. Mas concluo, embora não possa dar à minha pessoa tão escandalosa luxúria, que tal mensagem (se realmente o é) deve ter alguma finalidade plausível e digna do tempo que posso levar nessa mórbida empreitada..." e, após decididamente refletir por alguns segundos, concluiu com desânimo: "...ou podem ter me pregado uma peça de mal gosto. Afinal, estamos na época mais certamente fértil para esse tipo de insulto", amassou o papel manchado na forma de uma bola desajeitada e o atirou na pilha de cadáveres que um dia fora sua família e agora jazia imóvel no chão limpo e brilhante da sala-de-jantar. "Eu tenho que parar de fingir que me escutam."

Egoíscentro

Fotos gastas e ossos mordidos
Venenos mórbidos e NADA comestíveis
Isso não é nada!
Isso não é; nada!
O grito no escuro e o cadáver na luz
Relógios quebrados, trapos velhos rasgados
Isso não é nada!
Isso não é; nada!

Eu não posso sentir...
Eu não posso sentir!
Eu não posso; sentir... ir...

Eu não amo você.
Eu não amo; você!
Eu não amo você!

Eu não posso morrer...
Mais o santo morreu.
Mais o santo sofreu.
Mais o santo ferveu.

Mas agora acabou.
O deus novo chegou.
O espelho quebrou, a imagem voltou.

O agora morreu, agora morreu, agora é meu...
E eu não quero voltar.
Eu não quero dançar.
Eu não quero jogar.
Eu não quero amar.

Eu não quero agora...
Eu não quero agora.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Coração

Dentro de um Sonho
dentro de um sonho
Dentro de um sonho
dentro de um Sonho

A morte é SEMPRE pouca demais
O braço é SEMPRE fraco demais
A boca é SEMPRE seca demais

O tarde é SEMPRE, sempre demais
O sempre é SEMPRE, Tarde demais
O tempo é SEMPRE, tempo demais

E o pé amarrado é SEMPRE falso demais.

terça-feira, 3 de março de 2009

Bola de ferro, arranha céu

Ando pela rua de sempre, pensando como o sempre é sempre tão-tarde-demais
o mesmo café de sempre, o mesmo Menthol
mas o meu barato acabou, maldito e levementerefrescante
embora desça pesado
sempre me faz querer mais um.

Um a mais ou um a menos
não faz a menor diferença.
O Tudo é igual, é uma coisa só.

A única coisa que não me deixa é essa bola de ferro.
Cresce e fica cada vez mais difícil arrastar e respirar.
Tenho de escolher nessa merda.

Arranha céu, arranha chão
Câncer estúpido que não deixa opção.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bomba inumana desumanizadora

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Para peito, para tudo
mas não para um segundo

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Bomba-relógio, casa-vela
marca peito na janela
Olho azul e embaçado
velho, fosco e desgraçado

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Marca peito, marca tudo
mas não marca um segundo
Mesmo tempo, mesmo lugar
mesmo prédio, mesmo andar
Conta tempo, conta vento
tanto quanto tanto tento
Chega perto, de-vagar
te impede, de-andar

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic tac
Tic tac tic Tac

Boom.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bye bye, Frau Blau

You saw an abyss
You saw an abyss and learned to fly
I saw an abyss
I saw an abyss and learned to die

[The monster keeps watching inspite hiss blindness]

I never learned to see
You never saw the sea
I never learned to be
your sweet killer bee

The shadow crosses the morrow
and the past is full of sorrow
so raise a hand and wait for your turn
cause your head will continue to burn

[Something that just began, began to fade away and vanish
So go and don't look back
i'll let nothing for you here
cause your morrow will be forever brighter than mine]

You saw an abyss
You saw an abyss and now you want to die
I saw an abyss
I saw and abyss and now i want to fly.

{Try to touch my pen
and i'll throw you out of the bar, man.}

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mal que o diga

Mal que me diga a menina violada
chorando por ter nada pra comer:
o gosto é ruim, o prato é vazio
mas a vitamina é forte e a cachaça brava.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Trapos velhos de fantasia de monstro

Nessa sexta-feira 13
vejo de frente réplicas mal-feitas da liberdade
esculturas brilhantes de papelão
ossos quebrados e trapos aglomerados
Vejo solos desarmônicos e exclusivos
afinal, o que eu poderia querer?

Minhas mãos não são hábeis
e o sangue azul que escorre delas só mancha os trapos
sejam eles velhos, da moda ou novos.

E o dia de azar não me larga
pois-----------------------------?
acho que vejo
Tenho aversão a trapos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

sábado, 31 de janeiro de 2009

Foda-se

Essa meia-noite estúpida e sem fim
que me faz querer escarrar nesse folheto rosa de casa-de-vadiagem:
o coloquei sem querer em minha carteira
junto com o troco do bar sujo e vagabundo
que acabei de sair
e pretendo voltar, logo.

Talvez amanhã...
Mas todos esses amanhãs são tão certos quanto a ressaca que terei quando acordar
até dormir denovo
e acordar denovo, no mesmo e infeliz jeito de ser.

E isso me deixa
possesso
por uma vontade insuportável de foder essa puta fétida que chamamos vida
sem preservativos
e depois tocar um Foda-se
em meu violão de cordas velhas e frágeis
debaixo dessa meia-lua negra que você chama sol
e eu chamo só
só pra ver morrer denovo
e rir dessa merda toda
pomposa
e vazia.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tomada 1!

Quando ele se econtra
caminhando por uma estrada sem fim
que não é rua nem avenida
e as brasas continuam queimando seus pés
por mais rápido que ande
virá a mais profunda frustração
pois jamais haverão escadadas
a venda
nessa loja de incoveniencia.

Mas ele não desiste
pois, por mais sem fim que seja o inferno
é passando por ele que se chega ao paraíso.

E haverá nesse céu
o fim?

E haverá para essa terra prometida
um fim?
Triste ou infeliz
Em uma história de promessas
cujos múltiplos finais são sempre um
diferente
o protagonista não é o mocinho nem o bandido
pois ele continua
matando por algo tão incerto quanto a própria morte
salvando por algo tão in-certo quanto a própria dor.

Ação!
Isso não é um filme
alternativo.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Weak

My nachsart,

Death knocks at my door as I write you
this blue letter.

If you don't see any blue, look with more atention
cause the rat hole is in the most fragile and simple wall
and it goes deep
not straight at all
to the surface
where even the sky is blue.

The audacious enemie moved next door
before I got here.

But only now I can hear it crying
the screams where only whispers for me.

I'm afraid I cannot continue here much longer
but I'm the new captain
the old one is dead
so I might as well die with the boat.

With fear,
your weak explorer.

What for you is impossible, for me is oportunity

My honey,
little by little
I'm making what I promised.

I just hope that it won't hurt the structure
and make it fall
with you inside.
First, you have to get out.

But I'll problably die when it happens:

The more I work on this old house

the more I enjoy it

I'm killed little by little.

With truth,
your mad decorator.

Almost Defeated

One more time I write
a letter
just a letter
nothing more.

One more time I escaped
almost alive
from this deadly experience
of writing you.

It's getting more and more dangerous
but he can't touch me
cause I discovered that what imprision my mind
is the image you see.

Knowing about the danger
only makes me continue
cause I entered a road with no going back
the ground is falling under my feet.

And I get more and more excited
about entering this old fashioned house
were the doors can only be locked
opened.

Don't worry,
I know what I'm doing.
I'll make it a better new place for us to live.

Cause he can't touch me.

With sin,
your dead Mie

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

My Lost Will

My dear,
I'm writing for what I hope to be the last time,
my last will,
to tell that I'm tired
of fighting for you
with no hope
and no answer.

I know your mighty protector
your father
your god
will kill me when he finds out about what we've been doing
our dirty realationship.

But, no
I don't fear death.
Cause fears
like tears
stream from our eyes
and roll our faces
just to let a salty taste on our mouths
hit the ground with a sound no one's ever gonna hear
and become one with the gray clouds.

But please, don't cry for me
cause even if I didn't chose that destiny
I'm glad to be hurt and see
though I'd be happy if my pain eased yours.

You, my Venus
the only one I really loved
the most sad
uncertain
and beatyfull
in the whole world we made.

And, when the rain starts
get my black funeral's umbrella
and my blue glasses
'cause they're the only part of me that will be left
when I go right
straight to the end of the line
where it all begins.

With love,
Your behated Mie

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Pergunta! Vai!

Aparece em uma banheira de sangue e´ódio
e nela insiste em se afogar.

[Porque será?]
Nunca conseguiu aprender a nadar.

[Por quê?]
Não quer flutuar.

Briga pelo que inventou
ser certo
ser-humano

odassap
etneserp
orutuf
um.
são
Todos

E nada faz sentido
pois, de acordo com sua definição, sentido só existe um.
Direção existem duas.
Sentido não pode ser moldado, modificado, fabricado
[Não deveria...]

E quem se importa?
[Não...]

Adivinhe a palavra.
começa com ver
termina com dá-de.

Mas não, meu amigo, isso não é poesia
poesia não existe:
eu não a inventei.

Isso também não é mais uma estória triste.
Só há uma história triste.

Mas quando perguntam
o que ele quer
mesmo que não possa ter
ele resiste em admitir.

É dizer adeus que esta estória não é poesia.
É dizer adeus a esta estória que não é poesia.
E disso ninguém escapa, gracias adios.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Pesadoelo

Sempre ter um pesadelo
o mesmo
nos leva a querer pesadeloar
esse ar pesado
elo que não desela
não degela
e continua matando
queimado
e pordeixar cicatriz
que não some
nem cicatriza
continua quebrando
as marteladas.

Eternamente

Essa casca fétida que chamamos existência
nova-mente
apenas para torná-la mais aceitável
Como chamar merda por fezes,
continua sendo merda.
E continua quebrando,
novamente
em cada mo-vi-mento
e nos mata impiedosamente
repetidas vezes.

Se nos foi dada a escolha,
entre ter ou não tato,
por que escolher?

Não
há opção.

nada.

Somos motivo de riso
pois no mesmo instante
que nossos olhos de criança brilham
ao receber o primeiro presente reconhecido
ele é arrancado
e somos condenados a continuar in-existindo

em uma terra dos sonhos,
onde inventamos tudo
para fingir
que temos algo

até mesmo a felicidade,
nossa obra-prima:

Isso não é poesia.
nada.

Um sonho
compartilhado
é um sonho
mais solitário


Mesmo

que continuemos em in-existência
nessa eternamente.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bicho-gente

O olho do observador sangra
escorre no espelho
por derreter a face iluminada

transforma bronze sujo e-m carvão
e-m vão
remoendo bibliografias dilaceradas
em noites escuras repletas de elefantes
enquanto lá a lua, cheia, brilha amarela
estéril em tom de azul

mas, não
o remorso do caçador relaxa o alvo
mesmo que ele morra
e seus uivos de dor sejam abafados
por um vento que ninguém viu
em um mar agridoce de fogo
na CALADA da noite

o dia nasce e com ele vem o calor
mais
emais
próximo
do in-finito

para derreter
a cera que ainda segura
as facas
e para d-os vazios libert-ar-em
asas branco-escuras de fortes apenas
para poder
sobre-voar
ao lado dos arranha-céus de etra e roma

e deixar de guardar tantos entre-tantos
na dor de todos os santos
escondidos de todos os CANTOS.