sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Um adeus à escola

Lembrei de algo que tinha aqui guardado e resolvi digitar...
É de uma professora que, iludida, demitiu-se.
Aproveitem.

"Um adeus à escola"
Quando era menina, adorava ir à escola - e olha que a minha era uma das mais temidas: escola de freiras. Todo dia, tudo se dava da mesma maneira:
-Elinha, tá na hora! - Era a minha mãe preta, Dinorá, chamando para mais um dia de aula.
E se vocês pensam que vou fizer que eu pulava da cama de alegria só de pensar que iria à escola, estão enganados. Eu virava na cama de um lado pro outro e pensava: "Puxa, já está na hora?". Aí me levantava, tomava um banho bem quentinho, engolia o café-da-manhã e descia para esperar a van que me levava ao colégio. E na van, ao escutar a primeira pergunta do dia, já me sentia recompensada por ter acordado cedo:
-Tá sabendo da festa da Tita? Você vai? Vai ser muito boa!
Primeiro tempo: aula de Matemática e entrega de provas. E lá ia eu tensa, roendo as unhas, esperando pra saber se as horas de estudo tinham valido a pena. Será que eu tinha conseguido aprender a matéria? Será que eu tinha conseguido tirar nota boa? Tinha. E junto com a boa nota, havia um bilhetinho: "Tenho orgulho de ser sua professora!". Dois pontos para a escola, zero para o sono extra.
E a cada vez que recebiaum bilhetinho como esse, sentia vergonha por ter reclamado tanto comigo mesma por ter saído mais cedo da praia para estudar, ou por estar tão impaciente quando o meu pai se propunha a me ajudar. Ou vocês também estavam pensando que todas as vezes que tinha de estudar fazia de bom grado?
E os bons momentos se multiplicavam: eram as olimpíadas esportivas e seus gritos de guerra, as aulas de teatro, de musica, as encantadoras histórias literárias lidas, as conversas com os amigos...
E foi por tudo isso que, quando tinha 17 anos, escolhi fazer o curso de Letras, para me tornar professora e continuar a viver no mundo da escola. E então...
Agora que sou adulta, não gosto mais de ir à escola. E olha que a minha escola nem de freiras é. Todo dia, tudo se dá da mesma maneira:
-pampampampampampam! - É o meu despertador avisando que é hora de me levantar para ir trabalhar.
Viro na cama de um lado pra outro, penso que seria muito bom poder dormir mais um pouquinho, mas não posso, o dever me chama. Tomo um banho gelado, engulo o café e desço para pegar meu carro. Já nele, a primeira pergunta que me faço já me desanima: qual o prazo de entrega daquele relatório mesmo? Pra que ele serve?
Primeiro tempo: aula para o oitavo ano. E lá vou eu, tensa, previamente cansada. Surjo à porta da turma. Será que sou insensível? Apago a luz, nada. Entro em sala, nada. "Vamos lá, gente!", nada. "Atenção, pessoal!", nada. SENTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Agora todos me ouvem.
Peço para pegarem o livro. Livro? Tinha que trazer? Com alguns livros já sobre a mesa, tento começar a aula, mas não consigo. Três meninas conversavam sem parar, um grupo de cinco meninos se diverte maltratando um outro, há ainda uma menina lá no canto da sala mascando chiclete, mesmo sabendo que é expressamente proibido pela escola...
Solucionados os problemas mais flagrantes, dou início, então, à minha aula. E logo no começo da explicação, já tem uma mão levantada. "Oba, aluno interessado com dúvida", penso. E eis a sua colocação:
- Sabe aquele livro que você mandou ler? Minha mãe disse que é muito chato!
Sinto uma vontade enorme de sair correndo. Quero dizer umas boas verdades para aquele menino. Mas sou eu o adulto da relação: preciso ser equilibrada, ter autocontrole. Respiro fundo e então respondo que sua mãe deve estar enganada, que o livro tem uma linguagem bastante interessante e própria para a idade. Bate o sinal! Ufa!
E todas essas cenas se repetem ao longo do dia...
Ao chegar em casa, penso que o dia até que foi bom, afinal ainda não fui processada.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Calígula

Mais uma crítica de teatro... é a última dos próximos meses, acho.
Assistam.
Texto brilhante. Atores perfeitos. Tiago Lacerda ERA CALÍGULA.
Algo que me deprimiu foi o cenário... bem ruim (fora a lua-espelho que ficava ao fundo. Brilhante).
Está tendo uma esposição muito interessante no mesmo prédio (SENAC Pinheiros), no primeiro andar. São alguns paineis animados... se alguém descobrir o que está na "mesa" de corte do garçon-açogueiro, me conte.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Uma Pilha de Pratos em minha Cozinha

Tive vontade de falar sobre esta peça, que é a primeira a qual assisti nesta semana.
Demais. Era em um teatro UNDERGROUND, não havia palco nem lotação: acabavam os lugares na arquibancada e sentava-se no chão! E isso era em uma terça-feira!
Os atores eram PERFEITOS. Um deles falhou um pouco e deu uma forçada no início mas logo melhorou.
O assunto era pobre e podre, como o texto. Era uma reflexão sobre a vida do próprio autor (Bortolot, meu novo ídolo). Mas eu achei DEMAIS. Muito trash.
Eu recomendo, recomendo e recomendo!

A Cabra ou quem é Sylvia?

Ontem assisti a essa peça, "A Cabra ou quem é Sylvia?".
Prefiro passar por mais dez seções de Teatro-tortura a assisti-la denovo: piadas sem graça, falas desprezíveis, assunto ridículo e óbvio, atores deslocados... Poderia passar a tarde inteira aqui insultando o autor ou a adaptação, feita por Jô Soares (bom, o que eu esperava?!).
Tive vontade de levantar de minha cadeira, gritar, subir no palco e espancar a Denise Del Vecchio (nunca vi uma interpretação mais tosca).
Aquilo não podia ser sério...
Bom, depois de muita discussão com minha Tia (Alexandra Golik [www.leplatdujour.com.br/]), cheguei à seguinte conclusão: posso ter odiado a peça por não estar pronto para gostar daquele assunto (e espero que nunca esteja, sério), talvez daqui a >20 anos...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Teatro-tortura

Hoje assisti a uma peça de teatro na USP.
Foi... torturante.
A autora conseguiu fazer um texto BRILHANTE, BELO e EXTREMAMENTE CANSATIVO: tem um brilho que machuca os olhos, é algo realmente mal bolado. Era como se ela quisesse ver o sofrimento nos olhos da platéia...
Um pouco mais de trabalho para tornar a peça menos cansativa aumentaria o público (que foi de >10 pessoas) e deixaria a peça menos atraente a masoquistas...
Teatro-tortura é um novo gênero.

Morto-vivo-vivo-morto

Uma vez eu amei,
chorei,
gritei:
Só uma vez.
Só existe uma
ar-dor,
liberdade!
de continuar morrendo.

sábado, 6 de dezembro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

The End

"Pride is lost
Wings stripped away, the end is nigh"
LOVELESS - ACT II

"This is the end, my only friend, the end."
The Doors - The End

"I’ve got to, got to, get to some place I’ve not seen
Headless guru in the night show me what you mean!"
Kula Shaker - 303

"I fought in a war and I left my friends behind me
To go looking for the enemy, and it wasn't very long
Before I found out that the sickness there ahead of me
Went beyond the bedsit infamy of the decade gone before"
Belle&Sebastian - I Fought in a War

"my head is pounding I can't stop the pounding
I think it is going to explode
and kill everybody who's in close proximity to the place I call my home"
Kimya Dawson - Underground

"Mr. Blue Eyes you were all right
So why do you have to start another fight?
I don't care I don't mind 'cause you'll do it every night"
Mallu Magalhães - Mr. Blue Eyes


Acho que já deu pra entender, né? =D

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Uma verdade?

O fruto do fruto é um fruto e isso não é um ciclo eterno.
"Life sucks: We're all trapped."

Fugir ou Ferver

Sentado aqui desespero:
meus dedos leves
cabeça dói.
Garganta arde

Govindas de mentira me dizendo o que comer
o que beber, que sabor sentir

Não.
Prefiro guerrear a engolir pimenta forte:
Nunca consegui aprender
a ser ignorante
pois a única que consegue andar
em círculos
duas vezes
é a terra.

Mesmo assim,
sentado aqui desespero:
meus dedos leves
cabeça dói.
Garganta arde pois,
se meu amor está morto,
eu também estou.

domingo, 23 de novembro de 2008

The Eyes of the Beholder

Quando o pêndulo do relógio
que parou há muito tempo
voltar a se mover
e for possivel escutar
nossa melodia azeviche,
o som da meia-noite
na hora errada
no lugar errado
os olhos se encherão de lágrimas vermelhas
de felicidade
e dor.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Grite

-Voltei
-Voltou.
-Sim, voltei.
-É, realmente voltou.
-É, todo mundo já entendeu
-Não, ninguém entendeu. Entenderam nada.
-Bom, não importa. Acho.
-Claro que importa... Tudo seria melhor, acho...
-Então importa.
-Será?
-Tanto faz.
-Sim, faz.
-Eu não me importo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Déjà vu

Escurece o sonho
guarda chuva
guarda dor.

Grito sem voz
peito em chamas
o pé descalço
e calos que hão de vir
sem sobrepor os antigos

Andando em déjà vu
na terra do que espera:
chão de dor, céu de sangue.
Em frente ao muro
muro na ponte
muro de vidro
frágil e belo.
Inquebrável.

Clareia a besta
guarda voz
guarda.

Quer voar
com asa torta.
Cair no chão duro
de terra batida
e levantar correndo.
Impossível.

Deita e olha o céu,
nuvem de espada,
fura o peito
alivia o sonho,
não fere a dor.

A lua chora
atrás das estrelas
nuvens, ele
Quem?

Fome que não fere
o corpo
tenta matar a alma.
Ou ela quer morrer?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

18. -comemorativo-

O que é?
O que é?
Tem 18 anos,
o maior conhecimento da história (depois da Jude, claro... ela sabe tudo)
e não pode dirigir nem ser preso (acho).

WWW.!
18 anos de internet como conhecemos!


É bom variar um pouco nas postagens.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bleek

Se meu nome/mente,
Se o amor não é o-l-impo-rtante,
Se cristais que escurecem o chão, muito abaixo de meus pés, não são altos o suficiente para receberem atenção da deusa,
Se meus olhos chamam/se triste-s-a,
Se não pode ser livre,

O que será?
Da-aa dor?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Par-o-u-e-h-a tempo...
-continua-

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Bleek, em Neerlandês: Tornou-se claro.

domingo, 26 de outubro de 2008

FER-V-IDA

Aa vida
é-terna ferida.

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19:51, 26 de Outubro de 2008.
Décimo primeiro post.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

LOVELESS

-Prologue-

When the war of the beasts brings about the world’s end
The goddess descends from the sky

Wings of light and dark spread afar
She guides us to bliss, her gift everlasting

-Act I-

Infinite in mystery is the gift of the goddess
We seek it thus, and take it to the sky
Ripples form on the water’s surface
The wandering soul knows no rest

-Act II-

There is no hate, only joy
For you are beloved by the goddess
Hero of the dawn, Healer of worlds

Dreams of the morrow hath the shattered soul
Pride is lost
Wings stripped away, the end is nigh

-Act III-

My friend, do you fly away now?
To a world that abhors you and I?
All that awaits you is a somber morrow
No matter where the winds may blow

My friend, your desire
Is the bringer of life, the gift of the goddess

Even if the morrow is barren of promises
Nothing shall forestall my return

-Act IV-

My friend, the fates are cruel
There are no dreams, no honor remains
The arrow has left the bow of the goddess

My soul, corrupted by vengeance
Hath endured torment, to find the end of the journey
In my own salvation
And your eternal slumber
Legend shall speak
Of sacrifice at world’s end

The wind sails over the water’s surface
Quietly, but surely

-Act V-

Even if the morrow is barren of promises
Nothing shall forestall my return
To become the dew that quenches the land
To spare the sands, the seas, the skies
I offer thee this silent sacrifice
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Primeira vez que posto algo que não escrevi.
18:59, 24 de Outubro de 2008
Décimo post.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Espontâneo

De novo
não consigo dormir
sorrir
Ficou gravado em mim
nunca esquecerei
Fui tão cego e sufocado por angústias invisíveis
Nada era previsível
Nada sabia

Gostaria de saber
quem inventou a divisão
entre sim e não
E se ela realmente existe
______________________________
23:25, 13 de Outubro de 2008.
Nona postagem.

Fruto Proibido

Levantei-me e avistei a bela árvore
cujo magnífico fruto me atraiu.
Ergui minhas mãos e tentei alcançá-lo.
Estava muito acima, não consegui.
Agarrei o tronco para escalá-lo
Parei, pois quase o quebrei, é muito frágil.

Comecei a viajar pelo grande mundo,
procurando por minhas difíceis respostas,
as quais não sei em que momento fui perder,
para que meus braços evoluam bastante
e eu possa comer daquele belo fruto
que está preso à grande e frágil árvore
enraizada a beira do mar, na areia.

E minhas pernas insistem em me ferir.
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Este é um poema que fiz logo depois de Solidão.
Estou postando-o agora porque acabei de achá-lo... [manuscrito]

5:31, 13 de Outubro de 2008.
Em meio aos gritos de minha mãe.
Oitavo post.

domingo, 12 de outubro de 2008

Carta

Você apenas começou
e sorri maliciosamente.
Mais largo que o topo
Deveria ser
a base
É um trabalho
Chato
Demorado
Cheio de pensamentos
Coisas que quer fazer.

Persegue tudo que voa
Você não resiste.
Abrir todas as caixas
Não deveria ser
possível.
Esculpir em mármore branco
custa caro

Qual o significado
em lágrimas derramadas
em um mundo que desmorona?
Seria mais fácil se desaparecesse
sem falar
chorar

E quando este outubro acabar?
É tentador
Mas não desista.
Me preocupei por um tempo
parei e dormi.

Tente me encontrar
Insolente

Você.
_____________________________
03:47, 13 de Outubro de 2008.
Sétima postagem.
E quando a chuva parar?

Meu desejo

Desejo...
Meu...
In-feliz...
É bom
que esteja aqui comigo
Pois o poema que perdi
era o mais belo de todos.

Estive me enganando
com uma história que não é minha.
Isto é
tão covarde.

As coisas esfriam logo que as aqueço
Vejo um espelho redondo
Em forma de dor
Estou me preparando
para algo que não virá.

Odeio-me por pensar isto,
Mas este é meu doce-amargo.
Não quero ser salvo.

Espere
mais um pouco
Estarei aí.
_____________________________
3:03, 13 de Outubro de 2008.
Sexto post.

Para quando coloco o alarme?

Começou a chover
Lentamente se fundiu ao cenário
se foi para sempre
Atravessando a estrada da lua sem cair no mar
foi-se para sempre

Tente viver até que minhas palavras se tornem verdade,
Nas encruzilhadas onde nossos caminhos se separam

Sempre esteve ao meu lado nesta ilha deserta.
Quero culpar alguém
Mas isto é difícil
A história não termina

Até quando?...
E se foi?
Para sempre.
____________________________________
02:22, 13 de outubro de 2008.
Eu bebo alegremente um delicioso café.
Até quando durará?

Quinto post.

Todos, façam seu melhor.

Des-ordem, des-cisão

Vamos para casa
Lugar ao qual você, eu... Todos pertencemos

-Até onde você foi?
-Até o fim.
-O que tinha lá?
-Nada... Mas era bem claro, com um lindo cárdeo céu.

Meu futuro é solitário, confuso, sem respostas
Quero saber até onde posso ir,
Quão importante é o que deixo para trás
E os dias passam sem piedade.

Abro meus olhos e vejo um futuro
d/cores in-certas.
Guio-me pelos sinais imperceptíveis
enquanto sustento uma expressão alegre.
Eu continuarei.
__________________________________________
Meu primeiro post sem revisão.
Quebrando a simetria, a "ordem".
00:10, 13 de Outubro de 2008.
Quarto post.
O início de uma nova era.

sábado, 11 de outubro de 2008

Solidão

Deito-me aqui enquanto o mar,
um mar tenebroso de solidão,
vem e molha minha parte esquerda.
Ondas vêm e vão sem serem notadas,
já estou assim há muito tempo.

Por que continuo gritando tanto
se nunca faço o mundo parar?

"E, algum dia, minha dor sumirá!"
Adoraria acreditar de verdade,
poder dizer isto, agora.

Olhando para este cárdeo céu,
com a minha boca muito salgada,
grito bem alto algo importante
mas o feroz som das ondas abafa.
__________________________________

17:53, 11 de Outubro de 2008.
Terceiro post.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Auto-descoberta

Por ali vem o novo rei,
nosso grande monarca,
totalmente bêbado.
Ele vem alegremente
Gritando versos novos,
dançando velhos passos.
Aos tropeços anda, cai.
Levanta, sobe, desce.

Por ali vem o poeta,
o sonhador e a dor,
amante e traição,
paz e fria vingança.
Vem o novo e velho,
verdade e mentira,
completo-incompleto.
Vem todos, apenas um.

Por ali vem o grande fim,
nada mais que começo.
Vamos juntos, eu-você,
pois o tempo acabou.
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20:14, 9 de outubro de 2008.
Segunda postagem.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Na tranqüilidade da noite

Não consigo sustentar meu olhar

-Eu te amo.



O talo quebrado será arrancado

Senão, morrerá.

Mas parece tão normal

Sou incapaz.



Neste mundo inalcançável

onde distância não existe

Me aproveito de sua imobilidade

e corro.



A doce melodia da lua me chama

Tapo meus ouvidos,

É hora de dizer adeus

-Bem vindo.





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23:30, 6 de outubro de 2008.

Doente.

Hora de abrir meu blog.