sábado, 15 de novembro de 2008

Déjà vu

Escurece o sonho
guarda chuva
guarda dor.

Grito sem voz
peito em chamas
o pé descalço
e calos que hão de vir
sem sobrepor os antigos

Andando em déjà vu
na terra do que espera:
chão de dor, céu de sangue.
Em frente ao muro
muro na ponte
muro de vidro
frágil e belo.
Inquebrável.

Clareia a besta
guarda voz
guarda.

Quer voar
com asa torta.
Cair no chão duro
de terra batida
e levantar correndo.
Impossível.

Deita e olha o céu,
nuvem de espada,
fura o peito
alivia o sonho,
não fere a dor.

A lua chora
atrás das estrelas
nuvens, ele
Quem?

Fome que não fere
o corpo
tenta matar a alma.
Ou ela quer morrer?

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