domingo, 26 de julho de 2009

Berserker

No bico da espada encontro sangue e nostalgia
pois nem 1000 anos de servidão me libertarão
nem 900 mortes serão o bastante
enquanto em minha mão houver a marca do guerreiro
assassino sanguinário de túnica azul
que usa honra como máscara e vergonha na greva
com peito frio de ferro e olho certeiro felino

De meus caminhos só sobram as memórias
infelizes dos que por sorte agora vagam como mendigos
catando as migalhas que os pombos deixam cair
e tomando banho na mesma lama onde nasceram
enquanto na pedra lhes recitarem o caminho
e do céu lhes lançarem o castigo

Em noite sou lobo e em dia sou fênix
não durmo e só como o que me pagam
meu pão e meu vinho são mais que sanctus
o legado que deixo escancara os céus e faz neles chover fogo

Berserker, gritam os anjos.

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