quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bicho-gente

O olho do observador sangra
escorre no espelho
por derreter a face iluminada

transforma bronze sujo e-m carvão
e-m vão
remoendo bibliografias dilaceradas
em noites escuras repletas de elefantes
enquanto lá a lua, cheia, brilha amarela
estéril em tom de azul

mas, não
o remorso do caçador relaxa o alvo
mesmo que ele morra
e seus uivos de dor sejam abafados
por um vento que ninguém viu
em um mar agridoce de fogo
na CALADA da noite

o dia nasce e com ele vem o calor
mais
emais
próximo
do in-finito

para derreter
a cera que ainda segura
as facas
e para d-os vazios libert-ar-em
asas branco-escuras de fortes apenas
para poder
sobre-voar
ao lado dos arranha-céus de etra e roma

e deixar de guardar tantos entre-tantos
na dor de todos os santos
escondidos de todos os CANTOS.

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