quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Alexandra

É difícil,
pensar em amar em
-um caixote de concreto
requer muito esforço porque
acreditar que se acredita
corroe a noção de desrealidade
-de hombridade
incentiva o esquecer
do "previamente" importante
no lembrar.

Onde está a solidão do amor
está a individualidade do ser
moderno ou contra
o estar só em um espaço de todos
e de ninguém
tomado por uma força que
se renega
tomando o estar
dionisando a presença
do bizarro como salvação.

Alexandre descobriu por acaso
-pra não dizer por sorte
o soneto dos paga-pau
mais uma gíria moderna
por uma noção moderna
de uma nação moderna
de uma noção moderna
de uma nação moderna
de instintos modernos
que roma já pregava
antes da previsão nietzscheana
de modernidade
de um homem moderno.

Onde estará o amor quando os caminhões
-caminhos grandes da derrota
só circulam enquanto dormem
os progenitores de toda a crítica
do fim previsto
por eles mesmos?

Onde estará o fim da honra
das mães deles próprios
em um mundo de conformes
numa relação deles próprios?

E quando os que dizem
serem fortes
forem tomados por medo
enquanto isso
jamais derrotaremos o nêmesis
de nossa própria derrota
-o nosso próprio amor.

Duílio Lamas Varella


E resta,
o espaço em
branco.
Tac tac tac
-São Paulo.

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