luz cegante que faz de dor asa e voa sem destino
em meio ao nada, escuro, verde e mais azul,
embora sobreponha e confirme-se vermelho que mais pode ver como cada momento escarlate de sangue e grito oco
sem boca e sem ar
coexistindo com palha de fogo, imagem de um momento só, corda de forca e fuga
queima até o resto.
E eu quero mais corpo, mais fonte de energia não renovável, mais vermelho, mais vôo, mais nada e menos ar
pois por todos os miseráveis atos randômicos aos quais fomos condenados recebemos nada além de em cada dia vermos terminar um mundo como o conhecemos
e apenas dormir com a pesada consciência
e apenas acordar com a tranquilidade de esquecer todos os sonhos e começar denovo.
Por isso digo que somos uma existência brilhante quando se fala sobre inexistir
e não nascerá deus forte o bastante pra nos derrubar.
Assim grito que, por mais que sejamos todos apartados por algum motivo aleatório,
estas letras e nós ainda seremos
enquanto houver memória.
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