como será assim como todos e como eu
quem não morre de inveja morrendo de inveja
enquanto tudo que não sou
curtas.
Em uma de suas viagens, Mie encontrou abrigo em uma árvore modesta.
Entre os galhos finos da copa nada frondosa já moravam um macaco cego e um morcego hematófago.
O morcego não tinha asas; não saia da proteção da árvore por medo e não sugava a seiva por esta na árvore não ser mais abundante que o necessário pra manter as folhas. Sobrava ao macaco que, pela relação parasítica pseudo-simbiótica, envelheceu fraco e doente.
Mas o vampiro não se satisfazia.
O preço pela estadia era periódicas doações de sangue ao morcego- o que no início não era um problema; Mie gostava da localização da árvore e, embora fosse uma majestosa águia, sempre escondia as garras e fingia ser pardal para que não recebesse mais cobrança. De qualquer modo, em pouco tempo continuaria sua viagem.